terça-feira, 20 de outubro de 2009

Ele, Paulo Francis


Finalmente, uma santa alma jogou na web o especial "Eu, Francis", que o canal GNT exibiu em 2004, num dia de "folga" do Manhattan Connection. São 50
minutos preciosos.


"A coisa mais importante que aconteceu em 1930 foi eu ter nascido". "Quando eu era estudante, passava a tarde toda lendo, e à noite saía para o prazer". "Sóbrio como um bispo". "Ator, se cair de quatro em dia de chuva, só levanta com guindaste". "Billie Holiday não é mais música, é um documento humano". "Sebastião Salgado, um sub-Cartier-Bresson, sai na Vogue. Que contestação é essa?". "Qualquer pessoa inteligente é contraditória". A história do leite e das vezes em que foi preso pela ditadura. A lembrança do conselho sobre edição de Rubem Braga. A razão pela qual decidiu ir morar nos EUA. As opiniões sobre jornalismo e sobre arte. As discussões com o "comunista limonada" Caio Blinder. É Paulo Francis, em sua soma de erudição, agudeza, humor e "malandragem". Vale a aliteração: Francis faz falta.

(Em tempo: o documentário "Caro Francis", dirigido pelo jornalista Nelson Hoineff em homenagem ao amigo, tem estreia nos cinemas prevista para janeiro. Até lá, fiquemos com o trailer.)

(Lucas Colombo)

Um comentário:

jorgecarrero disse...

Excelente post! Me fez reviver momentos maravilhosos de Francis. Um ser notável, sem igual!