quinta-feira, 22 de março de 2012

Lançamentos: livros


Que William Shakespeare (1564-1616) seja o maior dramaturgo de todos os tempos, poucos duvidam. Mas são também poucos os que buscam entender como ele chegou a um patamar tamanho de qualidade, com sua obra vasta que inclui "Hamlet", "Rei Lear", "Macbeth" e "Romeu e Julieta". É isso que o pesquisador americano Stephen Greenblatt faz em "Como Shakespeare se tornou Shakespeare", lançado há três meses no Brasil. No livro, Greenblatt traça a trajetória do inglês, passando pela infância no campo, o contato com o teatro através de companhias itinerantes, a chegada a Londres, o casamento com Anne Hathaway, a morte do filho Hamnet, o contexto social e político da Inglaterra e como tudo isso influenciou e determinou suas obras. “Mesmo que Will, no fim da adolescência ou aos vinte e poucos anos, tenha decidido tornar-se ator, não bastava apenas rumar para Londres e tentar a sorte nos palcos, parando aqui e ali para ganhar uns trocados, cantando e fazendo malabarismos para ter o que comer e onde dormir. Na Inglaterra elisabetana, a pessoa que se desligasse de sua família e de sua comunidade em geral enfrentava problemas”, escreve Greenblatt. (Cia. das Letras, 456 p.)

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Importante nome de oposição ao regime de Fidel Castro, a escritora cubana Zoé Valdés tornou-se conhecida com trabalhos como "La hija del embajador". "O todo cotidiano", livro em que reúne em um só dois romances, "O nada cotidiano", lançado em 1995, e o inédito "O tudo cotidiano", também saiu aqui no final de 2011. Em ambas histórias, a protagonista é Pátria, uma mulher que nasceu exatamente no ano da revolução de Che Guevara e Fidel. Ela, porém, que era para ter sido da primeira geração de um mundo supostamente sem injustiças, viu, pelo contrário, seu país reprimir seus cidadãos. É isso que se lê em "O nada cotidiano". Na segunda parte, "O tudo...", Pátria está exilada em Paris e aborda o dia-a-dia de seus vizinhos, de realidades diferentes da que vivenciou em Cuba. "O todo cotidiano" traz elementos autobiográficos de Zoé. A escritora, nascida em Havana em 1959, vive desde 1995 exilada em Paris, onde trabalha no escritório de Cultura Cubana. (Benvira, 318 p.)


(Do CulturaNews)

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