segunda-feira, 3 de setembro de 2018

MM Recomenda - A Vida É Doce, de Lobão



As constantes brigas e polêmicas transformaram Lobão em persona non grata no meio cultural brasileiro. Entretanto, é inegável que o autor de Me Chama, Cena de Cinema, Noite e Dia, Vida Bandida, entre outros hits, tem méritos no que mais importa: sua produção musical. Um exemplo disso é A Vida É Doce, disco lançado em 1999 de forma independente. O CD vinha numerado (uma das tantas disputas em que Lobão se meteu) e encartado em uma revista com edição caprichada. É possivelmente o único trabalho de Trip Hop feito no Brasil e vale muito ser ouvido. Lobão soube canalizar sua ira (como na faixa-título, El Desdichado II e Tão Menina) e sua candura (Uma Delicada Forma de Calor e Vou Te Levar) de maneira totalmente exitosa. Os seus discos anteriores, Nostalgia da Modernidade (1995) e Noite (1998), já experimentavam os efeitos da música eletrônica, deixando o rock de lado. Mas, em A Vida É Doce, Lobão foi mais feliz em sua empreitada. Então, é isso. Esqueça as tretas e foque na música, porque é um discaço. (Lucas Barroso)

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