sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael Jackson


A CNN só fala disso, a BBC de Londres acionou seus repórteres até na África, os jornais do mundo inteiro deram a foto dele na capa. Um ídolo pop
morreu, prematuramente, e comoveu a todos. Se Michael Jackson não é o "gênio musical" a que todos estão se referindo agora (sempre que um ídolo morre, vira "gênio"), também não é o "lixo cultural" que muitos o acusavam de ser. Os seus trabalhos no grupo Jackson Five e no início da carreira solo têm uma 'pegada' rítmica inegável (quem consegue ficar parado ao ouvir "Beat it"?), mas não é uma sonoridade à altura de Beatles, como muitos têm falado. Depois do álbum "Thriller", o mais vendido da história, sua criatividade entrou em declínio (apesar de "Black or White" ter também o seu 'balanço'), e as excentricidades e polêmicas envolvendo seu nome, tão ao gosto da "cultura das celebridades" dos tempos atuais, passaram a despertar mais atenção do que sua música. Seu sucesso já não era mais tão grande, sua fortuna também não. Fica a imagem do garoto talentoso da Motown, do exímio dançarino, do profissional que sabia se cercar de gente competente (diretores como Martin Scorsese e Spike Lee comandaram videoclips seus) e, o que é inevitável, das esquisitices dos seus últimos anos de vida. Madonna é a dita "rainha do pop" (não tenho a menor paciência para esses 'títulos'...), mas é menos talentosa do que ele. Ou ela fez alguma canção como "Rock With You" e "Billie Jean" e inventou um passo de dança como o moonwalk? Michael era um showman, e pela dança, pelos videoclips caprichados, continuará por bastante tempo como referência no mundo do entretenimento.

(Lucas Colombo)

Nenhum comentário: