sexta-feira, 20 de junho de 2008
“Paris, Texas”, de Wim Wenders (Alemanha Ocidental/França, 1984)
Diálogo entre pai e filho, na caçamba da caminhonete:
Hunter: Dad?
Travis: Yeah?
Hunter: Where did you go all that time?
Travis: Mexico.
Hunter: How come?
Travis: I didn't know where else to go.
Hunter: Where did Mom go?
Travis: I don't know. But right now she's somewhere in Houston.
Hunter: That's where the Space Center is!
Travis: Yes. That's what I want to talk to you about. I gotta go away now.
Hunter: Why?
Travis: 'Cause I’m gonna find her.
Hunter: What about me? You just found me! Can I come with? (...) I want to come with. I want to find her, too. When do we go?
Travis, smiling: Right now.
Hunter: Then come on. Let's go.
Travis (Harry Dean Stanton) é encontrado vagando por uma região desértica ao sul dos Estados Unidos. Seu irmão, que não tinha mais esperanças de achá-lo depois de quatro anos de sumiço, leva-o para casa, onde vive com a mulher e o sobrinho, Hunter, filho de Travis. Com dificuldade para lembrar de fatos do passado, o homem se relaciona pouco com a família. Fica horas sentado no terraço, observando o movimento de carros na estrada. O que o desperta novamente para a vida é Hunter. Juntos, pai e filho partem em busca da mãe do garoto, com quem Travis também gostaria de conversar.
Como a maioria dos filmes de Wim Wenders, "Paris, Texas" tem um visual apurado. O uso de cores contrastantes – verde, azul, vermelho, amarelo – gera um interessante efeito. A imagem do céu, apropriada para representar o vazio, a falta de referências de Travis, aparece em vários matizes de azul. Palmas para Robby Müller, diretor de fotografia. E também para Ry Cooder, autor da precisa trilha sonora.
"Paris, Texas" é pungente. Grande obra.
(Lucas Colombo)
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Postado por Mínimo Múltiplo às 15:11
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Um comentário:
Masterpiece.
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