terça-feira, 10 de junho de 2008

De modelo a toda a Terra II


A chapa continua quente aqui no "estado mais politizado do Brasil" (rá!). Yeda Crusius criou um 'gabinete de transição' (traduzindo: operação salva-vidas), composto por ela e por um representante de cada partido aliado, com o objetivo de 'tirar o governo da crise'. E o Ministério Público gaúcho informou que vai investigar as denúncias de uso de estatais no financiamento de campanhas, reconhecido pelo ex-chefe da Casa Civil César Busatto na gravação que detonou a atual crise. O dono do gravador, aliás, disse que há mais materiais desse tipo e que irá divulgá-los "em momento oportuno". Paulo Feijó afirmou também, hoje, que Lair Ferst, o empresário tucano acusado de liderar o esquema que desviou R$ 44 milhões (santa maria!) do Detran, arrecadou dinheiro para a campanha de Yeda. Essa suspeita volta e meia aparecia na CPI do Detran, mas o governo, é claro, sempre negou tudo. Leia aqui a matéria da Folha Online (está entre as mais lidas do site, hoje) sobre o assunto.

Feijó, além disso, confirmou que cortou cerca de uma hora da gravação do diálogo entre ele e Busatto. Que só divulgou os trechos de "interesse público". Isso deu pano para o governo acreditar em 'manipulação' da gravação. Também está se desenrolando uma discussão por aqui sobre se foi ou não 'ético' da parte do vice-governador gravar a conversa. Em meio a esse falatório todo, o que não dá pra esquecer são aquelas falas que realmente interessam: "Entre nós, podemos deixar isso claro. Eu não tenho dúvida de que o Detran é uma grande fonte de financiamento" e "Todos os governadores só chegaram aqui com fonte de financiamento - hoje é o Detran, no passado foi o Daer. Quantos anos o Daer sustentou?" - by Busatto.

(Lucas Colombo)

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