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quarta-feira, 30 de agosto de 2017
O que estou lendo
Começa aqui uma série de posts em que colunistas e colaboradores do MM vão, brevemente, comentar a "Reunião de folhas impressas presas por um lado e enfeixadas ou montadas em capa" (obrigado, Aurélio) que seus olhos percorrem no momento.
- Reli Dom Casmurro, do Machado, para a pós-graduação. Não acredite naquele tom confessional de Bentinho! Capitolina era mais mulher do que ele, homem. Foi essa a traição de Capitu. Dom Casmurro era sociopata. Podia estar em um filme do recém-falecido Tobe Hooper (ou servindo chá com veneno em um romance de Agatha Christie). A fixação pelos olhos de Escobar - e pelos braços da esposa - sempre darão o que falar. Ah... Obrigar a ler a primeira fase de Machado, romântica, na escola, devia condenar qualquer professor a dividir uma cela com o carrapato do José Dias. De quebra, o docente seria amarrado e exposto a duas horas da (massacrante, mas não elétrica) História dos Subúrbios. Jeison Karnal
- É seguramente a história mais intensa - e triste - do futebol brasileiro. Muito bem contada por Marcos Eduardo Neves, que tabulou um vasto material sobre Heleno de Freitas, um dos maiores artilheiros do Botafogo. Quem gostou da biografia de Garrincha, escrita por Ruy Castro, vai aprovar essa também. Vaidoso e encrenqueiro, de trajetória marcada por excessos com álcool e drogas, o craque morreu em um manicômio, aos 39 anos. Foi tema de diversas crônicas de grandes escritores e jornalistas - um deles, Armando Nogueira, resumiu assim a trágica figura: "Heleno de Freitas morreu, sem gestos, de paralisia progressiva, e descansa, hoje, no cemitério de São João Nepomuceno, onde nasceu um dia para jogar a própria vida num match sem intervalo entre a glória e a desgraça". Biografia que fala muito mais do que futebol. Lucas Barroso
- Voltei a páginas d'O Mal-Estar na Cultura, de Freud, motivado pela tensão política dos tempos. O livro é fundamental para entender o fervor religioso com que tanta gente defende um partido ou ideologia. Freud postula que a perda do amparo dos pais, quando viramos adultos, nos faz inconscientemente procurar "substitutos" deles. Religião, ideologia ou vícios (cigarro e álcool, p.e.) funcionam, para muitos, como substitutos. Precisamos de uma bengala emocional, um amparo espiritual que nos faça aguentar os trancos da vida adulta, e religião ou ideologia proporcionam um sentido, uma força, àqueles que as adotam. Defendem-nas, ainda que confrontados com fatos negativos a respeito, para não desmoronarem, porque a vida sem elas equivaleria a cair no vazio. Sair da infância e amadurecer é um processo lento e doloroso. Eis a explicação para muitos comentários exaltados sobre política que aparecem nas nossas timelines de redes sociais. Lucas Colombo
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sexta-feira, 5 de maio de 2017
Gazeta, mon amour
A Gazeta do Povo vai encerrar suas atividades. Tá, eles vão manter a edição eletrônica, mas, para mim, o fim do jornal impresso, soltando tinta, é a morte do jornal. O que nunca confessei a ninguém, mas confesso agora, é que a Gazeta do Povo foi o grande amor não-realizado da minha vida profissional. Por consequência, o fim do periódico meio que consolida a morte de uma parte importante de mim.
A Gazeta do Povo sempre esteve presente na minha vida. Lembro-me de me levantar bem cedo no domingo, o gramado coberto pela geada, e subir uma baita ladeira no Bairro Alto a fim de comprar o jornal numa mercearia do bairro. E voltar para casa com aquele volumão, todo orgulhoso de ser um filho perfeito, ainda que, para compra-lo, eu tenha pegado dinheiro sem permissão da carteira do meu pai. Ele nunca reclamou.
Além de me dar as tirinhas do Garfield, as fotos-legendas de lugares peculiares de um mundo pré-Internet e as brincadeiras da Gazetinha (sem falar em um ou outro encarte das Lojas Americanas, Pernambucanas ou Mesbla com as mulheres trajando deliciosas, digo, lindas lingeries), a Gazeta do Povo foi a responsável por parte da minha formação intelectual, com as colunas de Paulo Francis, aquela seção de fotos antigas do Cid Destefani e matérias e críticas do Caderno G.
Quando passei no vestibular, corri para a sede do jornal para pegar o exemplar com meu nomezinho orgulhosamente estampado. Foi como um primeiro beijo. Até que, logo depois, acontecesse a ruptura que, hoje sei, foi uma falsa ruptura: entrei para a faculdade de jornalismo e nela descobri que não era de bom tom ler a Gazeta. Muito menos declarar qualquer amor pela Gazeta. Meus professores diziam que tudo ali era manipulado e aprendi a ver os jornalistas como seres maquiavélicos, destinados a, numa galé de máquinas-de-escrever, criar um mundo dividido entre oprimidos e opressores. Essa bobajada toda que a gente “aprende” na faculdade.
(Mas que, com sorte, esquece logo depois).
Tive uma carreira profissional bastante interessante. Rápida. Meteórica, como se diz. Trabalhei nos vários lugares onde meu currículo diz que trabalhei. Mas nunca trabalhei na Gazeta do Povo. E esta é uma ferida que o fechamento do jornal escancara. Para minha própria surpresa, aliás. Fecho os olhos e me lembro das boas casas que me acolheram, mas nesta imagem falta sempre meu lugar ali na sede da praça Carlos Gomes. No final das contas, percebi recentemente que não fiz faculdade para ser jornalista; fiz faculdade para trabalhar na Gazeta.
Se me permito, pois, flertar com a nostalgia e me demorar num inútil momento de autocomiseração, é porque ela, a Gazeta da minha infância, adolescência e parte da vida adulta, acabou sem jamais me dar a mão. Sinto-me como aqueles personagens de romances de aventura que vivem milhares de coisas em todos os lugares possíveis para descobrirem que a felicidade simples estava ali perto, em casa mesmo. Só que, neste caso, a minha casa um tornado digital derrubou.
- Paulo Polzonoff, em seu blog.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
Editor's choice
Em ordem cronológica, o que de melhor o MM publicou nos últimos 12 meses, na visão deste editor. Para (re)ler nas férias.
- "Que crítica?!...", by Carlos Fernando e Frederico Barbosa
- "O cinema e a guerra", by Muriel Paraboni
- "Operação Questionar", by Lucas Colombo
- "TV Excelência" (Mad Men), by Lucas Colombo
- "Las ventanas", by Emerson Machado
- "Ativismo é a segunda pauta", by Lucas Barroso
- "A linguagem do rio", by Muriel Paraboni
- "A essência da arte", by Lucas Barroso
- "Contra os clichês" (entrevista com Cíntia Moscovich), by Lucas Colombo
- "Não há rei no Brasil" (Chatô), by Rafael Fais
- "Longo tempo de Quaresma", by Lucas Colombo
(Lucas Colombo)
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quarta-feira, 26 de agosto de 2015
MM no MC
A
indicação, por Caio Blinder, de “Os Melhores Textos do Mínimo Múltiplo”,
no “Manhattan Connection” de 28/06, foi um orgulho, é claro, deste site e meu,
seu editor e também o organizador do livro. Desnecessário contar, aqui, como
iniciou minha admiração pelo programa – o texto de abertura da entrevista
com o Caio dá conta disso. Conforme digo ali, assisto ao “Manhattan” desde os
tempos de GNT, em que a (até meio saudosa) vinheta de abertura era aquela
da música de “letra” indecifrável. A entrevista de 2009 foi a “oficialização” dessa
relação, e a aparição do livro nas mãos de Caio, na bancada, seu ápice...
O programa, de lá para cá, nunca deixou de aparecer nos textos do MM. Citei o Lucas Mendes aqui (2010), contestei os “críticos” do programa aqui (2014), para dar só dois exemplos. Mas não sou o único a tê-lo como referência: outros colunistas e colaboradores do site, igualmente. A esses colaboradores que respondo, quando perguntam sobre quão “acessíveis” são Caio e Lucas, que as trocas de e-mails com eles são sempre muito amigáveis. Ambos já avaliaram bem o MM, e, por isso, incluí seus nomes entre os dos grandes profissionais que nos incentivaram nesses sete anos, em meu texto de Apresentação, no livro.
O “Manhattan” é, ainda, o único programa que paro para assistir na TV (séries e outros conteúdos, geralmente vejo no computador). É verdade que ele, aos poucos, mudou. Lúcia Guimarães, integrante da mesa entre 2002 e 2008, trazia mais matérias sobre jazz e artes visuais; Pedro Andrade, seu sucessor, aborda mais cinema e cultura pop. As pautas sobre política e economia eram menos numerosas, o que permitia a Caio, Ricardo Amorim e Diogo Mainardi se “enfrentarem” mais longamente nos debates. Diogo, afora isso, era mais disposto às suas provocações e ironias; ainda não tinha o “cansaço” que ele, em 2013, nos 20 anos do programa, usou como explicação para sua acidez hoje menor. Mas eles têm-se aberto mais a entrevistas ultimamente (tanto que uma das edições que mais repercutiram, mesmo que por ação dos detratores, foi a da conversa com a dona daquela rede de lojas, ano passado), e mantêm a conjugação de alto nível intelectual com informalidade – o programa é “desabotoado”, falava Francis –, além do esmero na seleção de temas. Não são muitos os programas em que se discute “Ulysses”, como discutiram há não muito tempo. Em que se comenta a poesia de Dylan Thomas, como no mesmo programa do dia 28. Em que se fala dos fatos políticos e econômicos com... qual é mesmo aquela palavra? Densidade. Em que se abordam efemérides históricas com... qual é aquela outra? Conhecimento. O “Manhattan” é, há 22 anos, a ilha de sofisticação, humor inteligente e jornalismo culto em meio ao oceano de mediocridade da TV brasileira. Foi um prazer e uma honra ver nele a indicação da nossa coletânea, reconhecimento que se soma aos feitos por Correio do Povo e Continente Multicultural, entre outros. A audiência deste “fanático seguidor” do programa continua garantida.
O programa, de lá para cá, nunca deixou de aparecer nos textos do MM. Citei o Lucas Mendes aqui (2010), contestei os “críticos” do programa aqui (2014), para dar só dois exemplos. Mas não sou o único a tê-lo como referência: outros colunistas e colaboradores do site, igualmente. A esses colaboradores que respondo, quando perguntam sobre quão “acessíveis” são Caio e Lucas, que as trocas de e-mails com eles são sempre muito amigáveis. Ambos já avaliaram bem o MM, e, por isso, incluí seus nomes entre os dos grandes profissionais que nos incentivaram nesses sete anos, em meu texto de Apresentação, no livro.
O “Manhattan” é, ainda, o único programa que paro para assistir na TV (séries e outros conteúdos, geralmente vejo no computador). É verdade que ele, aos poucos, mudou. Lúcia Guimarães, integrante da mesa entre 2002 e 2008, trazia mais matérias sobre jazz e artes visuais; Pedro Andrade, seu sucessor, aborda mais cinema e cultura pop. As pautas sobre política e economia eram menos numerosas, o que permitia a Caio, Ricardo Amorim e Diogo Mainardi se “enfrentarem” mais longamente nos debates. Diogo, afora isso, era mais disposto às suas provocações e ironias; ainda não tinha o “cansaço” que ele, em 2013, nos 20 anos do programa, usou como explicação para sua acidez hoje menor. Mas eles têm-se aberto mais a entrevistas ultimamente (tanto que uma das edições que mais repercutiram, mesmo que por ação dos detratores, foi a da conversa com a dona daquela rede de lojas, ano passado), e mantêm a conjugação de alto nível intelectual com informalidade – o programa é “desabotoado”, falava Francis –, além do esmero na seleção de temas. Não são muitos os programas em que se discute “Ulysses”, como discutiram há não muito tempo. Em que se comenta a poesia de Dylan Thomas, como no mesmo programa do dia 28. Em que se fala dos fatos políticos e econômicos com... qual é mesmo aquela palavra? Densidade. Em que se abordam efemérides históricas com... qual é aquela outra? Conhecimento. O “Manhattan” é, há 22 anos, a ilha de sofisticação, humor inteligente e jornalismo culto em meio ao oceano de mediocridade da TV brasileira. Foi um prazer e uma honra ver nele a indicação da nossa coletânea, reconhecimento que se soma aos feitos por Correio do Povo e Continente Multicultural, entre outros. A audiência deste “fanático seguidor” do programa continua garantida.
(Lucas Colombo)
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terça-feira, 30 de junho de 2015
No Manhattan Connection
Depois de aparecer, na semana passada, na redação de Nova York da GloboNews, nossa coletânea "Os Melhores Textos do Mínimo Múltiplo" foi indicada por Caio Blinder, no Manhattan Connection do último domingo, 28/06.
Aqui, MM também na TVE, na Continente e no Correio do Povo, entre outros.
(Lucas Colombo)
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quarta-feira, 1 de abril de 2015
Livro por aí
Entrevistas, reportagens e comentários veiculados até agora na imprensa sobre "Os melhores textos do Mínimo Múltiplo".
- No programa Estação Cultura, da TVE-RS, 12/01:
- No Caderno de Sábado do jornal Correio do Povo, 17/01:
"Uma seleção de textos do site jornalístico Mínimo Múltiplo (minimomultiplo.com) virou livro. 'Os Melhores Textos do Mínimo Múltiplo' (Bartlebee) tem organização do fundador, editor e colunista do site, Lucas Colombo. A obra é dividida em quatro temas: Artes, Jornalismo/Comunicação, Política, Mundo & Afins e Entrevistas. Nos 25 textos, estão resenhas de livros, críticas de filmes, observações do cotidiano feitas por colunistas e colaboradores do site. Entre as entrevistas, estão algumas bem interessantes, como as com Caio Blinder e Daniel Piza, morto no fim de 2011."
- No programa Conexão Unisinos, da TV Unisinos, 22/01:
- No site da Revista da Cultura, 30/01;
- Na seção Indicações da edição de fevereiro da revista Continente Multicultural:
Para ir acompanhando as notícias sobre o livro, você pode seguir nossa fan page e nosso twitter.
(Lucas Colombo)
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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
Multiplicações
"Que o Mínimo Múltiplo conte seis anos de existência é motivo de surpresa para muitos, tendo em vista o sem-número de sites e blogs jornalísticos que param depois de pouco tempo. Mas já contamos, sim, meia dúzia de anos a tentar praticar um jornalismo cultural abrangente, denso e provocativo, hoje, infelizmente, tão fora de moda – feito grandes escritores, músicos... Nada de rabugice: do ponto de vista espiritual, nossos tempos não animam muito, mesmo. No MM, porém, buscamos fazer nossa parte e desviar da avalanche de futilidades, “leveza” e parco conhecimento que toma cada vez mais a imprensa nacional e mundial, principalmente a on-line. Se conseguimos ou não, profissionais de renome já responderam afirmativamente, com o endosso de muitos leitores. Agora, os desta coletânea poderão opinar também".
- Texto da contracapa (uma parte da Apresentação, escrita por mim) de "Os melhores textos do Mínimo Múltiplo", lançamento da Bartlebee. Sim, uma seleção do melhor já produzido por nossos colunistas e colaboradores sairá em livro! Organização minha, texto de orelha de Sérgio Rodrigues, capa de Herbert Bender. Mais informações em nossa recém-inaugurada fan page no Facebook, no nosso twitter e aqui, em breve.
(Lucas Colombo)
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terça-feira, 2 de setembro de 2014
Poucas e ótimas
Na coluna, contestei alguns comentários ilógicos, radicais, politicamente corretos ou tudo isso junto que ouvi/li recentemente. Aqui, vou para o outro lado: endosso pensamentos que li/reli nos últimos dias.
- “O
brasileiro é assim, né? Ou somos os melhores do mundo, ou os piores, os
amarelões... Se somos bons, é porque nossa raça mestiça tem a vocação para
isso; se vamos mal, é porque nosso DNA impede. Que infantilidade! Passou da
hora de o Brasil parar de associar discurso racial e esporte, de ver isso como
questão de honra. Esporte ajuda a aproximar pessoas e inspirar exemplos, mas
não define a superioridade ou inferioridade de uma nação.”
- Da primeira entrevista que Daniel Piza
concedeu ao MM, em 2008, ano da Olimpíada de Pequim. Resposta a uma pergunta
sobre os extremos da relação brasileira com o esporte, muito pertinente a este
período pós-vexame na Copa.
- “O primeiro dever do
intelectual é esclarecer, desfazer confusões, limpar os cérebros das teias de
aranha da paixão e da ideologia.”
- Escritor mexicano Octavio Paz, no que se
relaciona ao “Quem se diz um pensador marxista não é pensador”, do Millôr,
e “O senso comum é a trama ideológica fundamental”, do sociólogo francês
Jacques Ellul. Tarefa dura, essa recomendada por ele, mas cada vez mais
necessária.
- “A arte me fez entender certas
questões existenciais mais claramente do que qualquer livro ou aula teórica o
fariam. Seria um exagero dizer que se pode educar alguém por meio da arte. Mas
ela é capaz de fazer de nós pessoas melhores e mostrar que existem muitos
mundos além do nosso umbigo.”
- Robert Hughes, crítico de arte australiano,
naturalizado americano, e ex-editor da revista Time.
- Paulo Francis, em 1991. Depois disso, até fico com vergonha de linkar para meu texto sobre Billie, (re)publicado na Toca-disco.
(Lucas Colombo)
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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
Editor's choice
Para este editor, o que de melhor o MM publicou em 2013, em ordem cronológica:
- "Reis magos Blues" (seção Toca-disco), by Moziel T. Monk
- "Nem mesmo o amor", by Muriel Paraboni
- "Chet", by Lucas Colombo
- "Casa" (seção Enquadramentos), by Marcelo Donadussi
- "Personagens brasileiros, 2013", by Lucas Colombo
- "Livros sobre o mensalão" - I, II e III, by Rafael Fais
- "Visões do ano", by Lucas Barroso
- "Jornalismo em 2013", by Rafael Fais
Feliz 2014.
(Lucas Colombo)
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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Editor's choice
O que de melhor o MM publicou em 2012, na visão deste editor. Em ordem cronológica:
- "Estradas e caminhos" (seção Enquadramentos), by Danny Bittencourt
- "Uma lágrima para Daniel Piza", by Lucas Colombo
- "Kubrick", by Leandro Schallenberger
- "Ensaio sobre o Facebook", by Rafael Fais
- "Os desastres da guerra", by Lucas Colombo
- "Lobos e tijolos", by Fabiano Schüler
- Especial "O Mensalão e Nós": "Papo jovem", by Lucas, "O saque", by Rafael, e "Fragmentos de um julgamento", by Leandro
- "2012, o fim do mundo", by Lucas Barroso
- Aqui no blog: série "Quem fez minha cabeça"
Feliz 2013.
(Lucas Colombo)
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quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Quem fez minha cabeça - 3
Mais dois colaboradores do MM listam seus livros formadores: Jeison Karnal e Fabiano Schüler.
Jeison Karnal
- "Hiroshima", de John Hersey
- "O Gosto da Guerra", de José Hamilton Ribeiro
- "Notícia de um Sequestro", de Gabriel García Márquez
- "Rota 66", de Caco Barcellos
- "Todos os Homens do Presidente", de Bob Woodward e Carl Bernstein
Fabiano Schüler
- "A Linha de Sombra", de Joseph Conrad
- "Infância", de Graciliano Ramos
- "Ficções", de Jorge Luis Borges
- "A Interpretação dos Sonhos", de Sigmund Freud
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quarta-feira, 25 de julho de 2012
Quem fez minha cabeça - 2
Segue a série. Depois dos colunistas, colaboradores do MM listarão livros que mais contribuíram para suas cabeças serem o que são.
Hoje, com a palavra (várias páginas cheias delas), Moziel T.Monk e Lucas Barroso.
Moziel T.Monk
- "O Livro dos Insultos", de H.L. Mencken (org. Ruy Castro)
- "O Deserto dos Tártaros", de Dino Buzzati
- "O Mundo Assombrado Pelos Demônios", de Carl Sagan
- "O Anjo Pornográfico", de Ruy Castro
- "Chega de Saudade", de Ruy Castro
Lucas Barroso
- "A Lua Vem da Ásia", de Campos de Carvalho
- "A Hora da Estrela", de Clarice Lispector
- "A Hora da Estrela", de Clarice Lispector
- "Poema Sujo", de Ferreira Gullar
- "A Vida Como Ela É...", de Nelson Rodrigues
- "O Filho Eterno", de Cristovão Tezza
To be continued.
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quinta-feira, 12 de julho de 2012
Quem fez minha cabeça
Começa aqui uma série de proposta nada original, mas sempre prazerosa: colunistas e colaboradores do MM listarão os livros que mais influenciaram suas formações. Dolorosamente limitados a cinco títulos.
As listas valerão, é claro, como um convite para que o leitor conheça as obras indicadas.
Abrem os trabalhos, então, nossos colunistas Lucas Colombo, Leandro Schallenberger e Rafael Fais.
Lucas Colombo
- "Waaal - O Dicionário da Corte de Paulo Francis", de Paulo Francis (org. Daniel Piza)
- "Jornalismo Cultural", de Daniel Piza
- "Contos", de Machado de Assis
- "Raízes do Brasil", de Sérgio Buarque de Holanda
- "Complexo de Portnoy", de Philip Roth
Leandro Schallenberger
- "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis
- "Fausto", de Johann Wolfgang von Goethe
- "Crítica Cultural: Teoria e Prática", de Marcelo Coelho
- "A Peste", de Albert Camus
- "Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa
Rafael Fais
- "O Reino e o Poder", de Gay Talese
- "Extremamente Alto, Incrivelmente Perto", de Jonathan Safran Foer
- "Contos Completos", de Virginia Woolf
- "A Regra do Jogo", de Cláudio Abramo
- "Chatô - O Rei do Brasil", de Fernando Morais
To be continued.
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terça-feira, 12 de junho de 2012
Ivan Lessa no MM
O céu está querendo lembrar como se faz jornalismo cultural e, em seis meses, mandou chamar Daniel Piza, Millôr e agora Ivan Lessa (1935-2012). Aqui no MM, ele foi citado nesses textos/posts:
- Tipo raro (Entrevista com Daniel Piza - 14/11/2008)
- Diálogos da Corte (19/12/2011)
- Uma lágrima para Daniel Piza (09/01/2012)
- Gip-Gip Nheco-Nheco (15/08/2008)
- Uma lágrima para Daniel Piza (09/01/2012)
- Gip-Gip Nheco-Nheco (15/08/2008)
sábado, 12 de maio de 2012
Millôr, by Piza
"Millôr é também um grande jornalista. Além de sua atividade como autor, editor, crítico e ombudsman, não de yamamotos (os erros e lapsos sem importância), mas daquilo que, com humor involuntário, os jornais de hoje chamam de "atitude", Millôr tem sido um grande jornalista nesses anos todos porque leva ao papel-jornal um poder crítico e criativo que para muitos, a começar por jornalistas, ele nem merece. Como Millôr diz no mesmo "Autodefinição de Vão Gôgo": "Eu trabalho para o público, o público paga para me ler, mas os intermediários ficam com tudo e ainda zombam de mim e do público, achando que eu não o atinjo e ele não me compreende".
Millôr esteve em "O Cruzeiro", "Veja", "Pasquim", "Isto É" e "Jornal do Brasil", entre outros; agora está em "O Dia" e na revista "República", sempre com audiência ampla e irrestrita, sem anistia para os poderosos. Não foram poucas as saídas honrosas, motivadas por sua saudável intransigência em dizer o que pensa, num país em que, na frase de Cláudio Abramo, "ninguém diz o que pensa e ninguém pensa no que diz". E lá está Millôr, fazendo sucesso de novo com o mais imponderável dos bens, a inteligência, aquela que, segundo os donos do quarto poder, não vende jornal."
- Uma grande inteligência escreve sobre outra: trecho de texto do Daniel Piza sobre Millôr Fernandes, publicado na Gazeta Mercantil em março de 2000.
(Lucas Colombo)
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Millôr no MM
Textos, entrevistas e alguns posts nossos em que Millôr Fernandes (1923-2012) é citado:
- Bolsa-Ditadura (27/05/2008)
- Página 10 ampliada (Entrevista com Rosane de Oliveira - 12/09/2008)
- Tipo raro (Entrevista com Daniel Piza - 14/11/2008)
- Jung, Millôr e Sylvia Plath (02/04/2009)
- Português (politicamente) correto? (26/02/2010)
- Sem graça (Especial Eleições 2010 - 01/10/2010)
- Diálogos da Corte (19/12/2011)
- Olhares de Capitu (15/12/2008)
- Poucas e boas (04/05/2010)
- Top Five (04/04/2011)
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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Daniel Piza no MM
As duas entrevistas concedidas por Piza (1970-2011) ao site e os textos em que ele é citado:
- Tipo raro (entrevista - 14/11/2008)
- Quatro Perguntas para Daniel Piza (29/05/2010)
- Por um jornalismo cultural menos pobre (23/04/2008)
- Machado afiado (Especial Machado de Assis - 21/07/2008)
- Mínimo e múltiplo 2008 (19/12/2008)
- Poemas, sachês e camisinhas (entrevista com Fabricio Carpinejar - 20/04/2010)
- Os (meus) Eleitos (28/05/2010)
- Sem graça (Especial Eleições 2010 - 01/10/2010)
- Roth, o maior escritor (06/10/2011)
- No ar, Machado (15/09/2008)
- No ar, Machado - II (22/09/2008)
- Olhares de Capitu (15/12/2008)
- Top Five (04/04/2011)
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Quatro Perguntas para Leandro Narloch
Ele está de volta - para a raiva de muitos. Ex-editor das revistas “Aventuras na História” e “Superinteressante”, o jornalista Leandro Narloch tem provocado celeuma com seu "Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil" (ed. Leya, 320 p.) desde que o lançou e o viu entrar, para não sair mais, na lista de livros mais vendidos, em 2009. Justifica-se: com base em publicações, teses e documentos, o volume oferece um contraponto à História geralmente maniqueísta e ideologizada ensinada nas escolas e universidades brasileiras. Lá estão fatos "incômodos" do passado nacional, como os de que o líder da resistência à escravidão, Zumbi, também tinha escravos; Santos Dumont não foi o grande inventor do avião; e os guerrilheiros que combateram o regime militar (1964-1985) lutavam não por democracia, mas para implantar outra ditadura, socialista.
A princípio, mais de 200 mil pessoas informaram-se sobre tais temas, já pesquisados mas ainda pouco difundidos, por meio desse "Guia", o que pode fazer Narloch considerar-se com o dever cumprido. E o fato de ter indignado muitos historiadores e a parcela mais politicamente correta do público-leitor, também, já que "enfurecer um bom número de cidadãos" era igualmente um de seus objetivos. O trabalho, porém, não para. Agora, o autor publica um novo "Guia", que segue a mesma linha do primeiro, mas num terreno maior: a América Latina.
Escrito em parceria com o também jornalista Duda Teixeira, editor assistente da revista Veja, o "Guia Politicamente Incorreto da América Latina" tem como alvo o "falso herói latino-americano", como escrevem Narloch e Teixeira no prefácio, e certo viés de "coitadismo" que muitos autores imprimem a seus relatos sobre personagens históricos dessa região do globo. Então, depoimentos de chilenos sobre a crise econômica e institucional do período em que Salvador Allende foi presidente, descrições de execuções sem julgamento e de perseguições a roqueiros, hippies e gays realizadas por Che Guevara, e relatos de comemorações de grande parte dos "explorados" incas, maias e astecas quando da chegada dos conquistadores espanhóis (pois estes venceram os imperadores indígenas que obrigavam seus povos a fazer migrações forçadas) são alguns dos conteúdos que as 335 páginas do livro trazem. No twitter de Narloch, reclamações de leitores já começaram. E cumprimentos também.
Nesta entrevista, concedida por e-mail, ele fala da ideia que deu origem ao livro, do desprezo que muitos professores de História têm por jornalistas que escrevem sobre a área e, é claro, do chavão politicamente correto que pensa ser o maior da América Latina hoje. !Adelante!
(Lucas Colombo)
1. Cada capítulo do "Guia Politicamente Incorreto da América Latina" trata de alguma figura mítica da região, como Evita Perón, Salvador Allende e Simón Bolívar. Como foi a escolha dos temas? Ficou muita coisa de fora? Durante a produção do "Guia" brasileiro, a ideia para este já foi se configurando também?
Narloch - Eu e o Duda Teixeira tivemos a ideia do livro durante uma conversa, alguns meses depois do primeiro "Guia". Ele tinha acabado de voltar da Bolívia, aonde foi fazer uma matéria sobre políticos que se fazem de índios. Percebemos que existe uma militância ideológica muito forte relacionada à identidade latino-americana. Um livro sobre a mania dos latino-americanos de lamentar o próprio passado era mais do que necessário.
2. Na Introdução do "Guia" brasileiro, você diz que procurou reunir somente "erros das vítimas e heróis da bondade" e "virtudes dos considerados vilões", para ir de encontro ao tratamento romântico conferido a certos fatos de nossa História e, assim, "enfurecer um bom número de cidadãos". Uma das funções do jornalismo é (ou deveria ser) mesmo incomodar. Na sua opinião, a imprensa brasileira, atualmente, cumpre esse papel?
Narloch - Sim, incomodar, mostrar contradições e fazer barulho é um excelente papel da imprensa. Algumas publicações cumprem, sim, mas não com tanta audácia quanto fora do Brasil. Ainda há timidez em falar de concorrentes (nos EUA um jornal publica escândalos do concorrente) e sobretudo de anunciantes. Mas não é papel obrigatório da imprensa incomodar. Cada leitor deve escolher o tipo de jornalismo de que gosta mais. Quanto à história do Brasil, considero um mérito dos "Guias" chacoalhar o debate e fazer uma chamada geral para que livros didáticos se atualizem.
3. Em claro corporativismo, professores brasileiros de História menosprezam jornalistas que escrevem a respeito. Eu já ouvi historiadores dizendo que jornalistas (que também sabem ser corporativos) não deveriam "se meter onde não são chamados". É uma atitude tipicamente brasileira: nos EUA e na Europa, por exemplo, jornalistas escrevem sobre o que lhes dá na telha, sem ouvir reclamações de quem se considera dono de um dado assunto. Aqui, inclusive, motivados justamente por essa aversão, hackers já tiraram do ar o site do também jornalista e escritor de sucesso Laurentino Gomes. Seu blog nunca foi tirado do ar (hehe), mas você já foi alvo de alguma reação desse tipo?
Narloch - Na minha opinião, esses historiadores não sabem o que faz um historiador. É trabalho de jornalistas falar com o público. Historiadores, para mim, analisam documentos, certidões, registros e tentam tirar dali conclusões científicas a despeito de suas convicções ideológicas. Isso passa muito longe dos meus livros. Eles não são parciais nem científicos: mostram apenas um lado, o mais desagradável, da história. Alguns historiadores gostaram do "Guia", outros não, mas a postura mais comum foi de indiferença. O que dá pra entender, afinal o livro não tem nada de original, nada que um historiador antenado não deva saber.
4. Pergunta chatinha, mas irresistível: que clichê politicamente correto é o mais eloquente na América Latina hoje, e que poderá ser contrariado por um "Guia" daqui a 30 anos?...
Narloch - O mito de que ser neoliberal é ruim. A prosperidade do Brasil nos dias de hoje é resultado de políticas liberais básicas - responsabilidade fiscal, controle da inflação, privatizações. Mas, para muita gente, "neoliberal" é demônio. É o capeta. É um nazista.
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segunda-feira, 22 de agosto de 2011
"Jornalismo cultural: prática, discussão, discussão da prática"
A partir do próximo sábado, 27/08, eu e Leandro Schallenberger ministraremos novamente o curso de extensão em Jornalismo Cultural, na Unisinos, em São Leopoldo (RS). Clique aqui para acessar o programa e fazer a inscrição. As matrículas estão abertas até a próxima quarta-feira, 24.
(Lucas Colombo)
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