Para complementar o breve texto sobre o Instituto Cultural Inhotim, de minha última coluna, publico aqui algumas fotos e mais informações a respeito. O arquivo de imagens do site do museu, porém, é evidentemente maior e mais rico. Acessem.
Localizado no vilarejo de Brumadinho, a 60km de Belo Horizonte, o espaço, fundado pelo empresário e mecenas Bernardo Paz, foi aberto ao grande público em 2005, e hoje recebe centenas de milhares de visitantes por ano. É lugar para ser contemplado com calma. Por isso chegamos cedo, vindos de Lagoa Santa – cidade vizinha a BH – e passando pela chamada Linha Verde, rodovia bem cuidada e recentemente duplicada, ladeada por vegetação do cerrado. Almoçamos num restaurante de lá mesmo e saímos perto do horário de fechamento, around 16h, ainda com algumas obras por ver.
Até onde se sabe, não existe iniciativa similar no mundo, de unir a arte contemporânea à natureza, numa mescla de museu com jardim botânico. A paisagem tropical dos 350 mil m2 de Inhotim, por sinal, é bela. Ir de uma galeria a outra caminhando por entre suas palmeiras, eucaliptos e lagos ornamentais, habitados por garças e patos, e observando o horizonte de montanhas, é muito agradável. Segundo informações do instituto, são mais de três mil as espécies de plantas cultivadas. Só de aráceas (como antúrios e copos-de-leite) são 400 espécies, e de orquídeas, mais de 300.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm20eSA4JizIyulb63GFmYTmoUpqD3ztvlcRkxJ6TZZKqvAHLJrONM-RycjBfkrHD_Acaavzgpny6XBSu1twyswh0c4VQEYtPsTruJAipMxRjlFXfY1CkznbA6idducOyhY-KFQy2Bpsg/s320/inhotim1.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggJx_oyaOoF-oD8B0gb1XZ8hGnC8h-DkdXI_BaMDdqsPDAutsJFKR3HKMryg8IUM2j99UMffNghov7ylnZ8Gv_xZkKiqvOJony7JH7pGW8rCHgk9Y4jY9enN_Xmw8MWL2ViSb9QinD1ZA/s320/inhotim2b.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC0qpOjt8qtkgURUTbrPRN7J1EUuSHrt8EPF3JYYDx9S8hV9xGE-sTi7I02FvonVY6qccTw2q_UphnWVMEYB7ebYvbpHvoFQ6x2O7ykSc-quZ5rsv6cs4R6ccdGx8yx_s0qdA48A5xcvo/s320/inhotim3.jpg)
Inhotim apresenta o que há de melhor em arte contemporânea. Focada nos trabalhos feitos a partir dos anos 1960, a coleção de Paz, conforme indiquei na coluna, não é 100% imperdível, mas tem coisas bastante boas. São mais de cem artistas, nacionais e estrangeiros, que aparecem com instalações, esculturas, desenhos, pinturas, fotografias e videoartes. As peças estão expostas ao ar livre ou dentro dos pavilhões e galerias, algumas com nomes de contemporâneos festejados, como Adriana Varejão (a mais bonita; parece flutuar sobre um dos lagos) e Cildo Meireles (suas famosas “Coca-colas” estão nela). Mostras temporárias também são realizadas.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgucyhpUf5jnkZu4Jx3VebFuIOnj33AlD83yoM6_niMPvvXqbRQJlE1DcQpGaXKJspMMhAJQKKjd82VjXeRsdp_6iCVgoO75ylxcka8QzDkZ4QtzCF8yRS533ivuDZeKw7y_GewLJp3fow/s320/inhotim4a.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmiPWslDjYl5p-rtZYfvRLcWwKQynxM6231G4fzoS22RYRQhg624dN7kf5mqrxi_Zh3FBs6yTgew-Yqhk-JxxBZOcP1WH3pgF3zP9JOWG0QIUcle4UyEdy0In7scop5GbNRhcRo3sTwWU/s320/inhotim4.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPe_v1s049CjFAbMTjBPMdO57cCANUtxXpxfhVczuMtjo5p7wS6kpErj111fx5LhKSTr1NQ076UkGU6BXwSOGgHakaTr4xQVQu23Firjzwk3vrUtQ_QKZnGlmu_TmyO_SWowipMD2lugM/s320/inhotim6.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-FtR4x5ANEOWxaMLtluYV2Hn6DwYCtMePjaS6mefkhKf2KPf1kePqOTxiN-ulxKRADnNdXX_Cvj2SB-QwytIOE9u-KlAkZTUq8NVLc0H1iNqo0R0hgKfGuwwdCpJ8yRue4Q5uAhuzj28/s320/inhotim5.jpg)
Além dos nomes que citei no texto da coluna, Inhotim tem ainda Waltércio Caldas, Amílcar de Castro, Iran do Espírito Santo, Matthew Barney (esse um dos dispensáveis, a meu ver), Chris Burden (outro com um trabalho, ainda que grandioso, difícil de levar a sério), Olafur Eliasson e Steve McQueen. Sai-se de lá positivamente surpreso com o diálogo que o instituto promove entre arte contemporânea e natureza. Em todos os aspectos, Inhotim é um empreendimento e tanto.
(Texto e fotos: Lucas Colombo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário