terça-feira, 2 de setembro de 2014

Poucas e ótimas


Na
coluna, contestei alguns comentários ilógicos, radicais, politicamente corretos ou tudo isso junto que ouvi/li recentemente. Aqui, vou para o outro lado: endosso pensamentos que li/reli nos últimos dias.

- O brasileiro é assim, né? Ou somos os melhores do mundo, ou os piores, os amarelões... Se somos bons, é porque nossa raça mestiça tem a vocação para isso; se vamos mal, é porque nosso DNA impede. Que infantilidade! Passou da hora de o Brasil parar de associar discurso racial e esporte, de ver isso como questão de honra. Esporte ajuda a aproximar pessoas e inspirar exemplos, mas não define a superioridade ou inferioridade de uma nação.
- Da primeira entrevista que Daniel Piza concedeu ao MM, em 2008, ano da Olimpíada de Pequim. Resposta a uma pergunta sobre os extremos da relação brasileira com o esporte, muito pertinente a este período pós-vexame na Copa.

- “O primeiro dever do intelectual é esclarecer, desfazer confusões, limpar os cérebros das teias de aranha da paixão e da ideologia.”
- Escritor mexicano Octavio Paz, no que se relaciona ao “Quem se diz um pensador marxista não é pensador”, do Millôr, e “O senso comum é a trama ideológica fundamental”, do sociólogo francês Jacques Ellul. Tarefa dura, essa recomendada por ele, mas cada vez mais necessária.

- “A arte me fez entender certas questões existenciais mais claramente do que qualquer livro ou aula teórica o fariam. Seria um exagero dizer que se pode educar alguém por meio da arte. Mas ela é capaz de fazer de nós pessoas melhores e mostrar que existem muitos mundos além do nosso umbigo.
- Robert Hughes, crítico de arte australiano, naturalizado americano, e ex-editor da revista Time.

- “Bruno Walter a Thomas Mann sobre Tristão e Isolda: ‘Isso já não é música’. A Columbia lançou o último CD da série ‘The Quintessential Billie Holiday’. Isso já não é pop. Essa fruta estranha pendurada numa árvore.”
Paulo Francis, em 1991. Depois disso, até fico com vergonha de linkar para meu texto sobre Billie, (re)publicado na Toca-disco.

(Lucas Colombo)

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