A
indicação, por Caio Blinder, de “Os Melhores Textos do Mínimo Múltiplo”,
no “Manhattan Connection” de 28/06, foi um orgulho, é claro, deste site e meu,
seu editor e também o organizador do livro. Desnecessário contar, aqui, como
iniciou minha admiração pelo programa – o texto de abertura da entrevista
com o Caio dá conta disso. Conforme digo ali, assisto ao “Manhattan” desde os
tempos de GNT, em que a (até meio saudosa) vinheta de abertura era aquela
da música de “letra” indecifrável. A entrevista de 2009 foi a “oficialização” dessa
relação, e a aparição do livro nas mãos de Caio, na bancada, seu ápice...
O programa, de lá para cá, nunca deixou de aparecer nos textos do MM. Citei o Lucas Mendes aqui (2010), contestei os “críticos” do programa aqui (2014), para dar só dois exemplos. Mas não sou o único a tê-lo como referência: outros colunistas e colaboradores do site, igualmente. A esses colaboradores que respondo, quando perguntam sobre quão “acessíveis” são Caio e Lucas, que as trocas de e-mails com eles são sempre muito amigáveis. Ambos já avaliaram bem o MM, e, por isso, incluí seus nomes entre os dos grandes profissionais que nos incentivaram nesses sete anos, em meu texto de Apresentação, no livro.
O “Manhattan” é, ainda, o único programa que paro para assistir na TV (séries e outros conteúdos, geralmente vejo no computador). É verdade que ele, aos poucos, mudou. Lúcia Guimarães, integrante da mesa entre 2002 e 2008, trazia mais matérias sobre jazz e artes visuais; Pedro Andrade, seu sucessor, aborda mais cinema e cultura pop. As pautas sobre política e economia eram menos numerosas, o que permitia a Caio, Ricardo Amorim e Diogo Mainardi se “enfrentarem” mais longamente nos debates. Diogo, afora isso, era mais disposto às suas provocações e ironias; ainda não tinha o “cansaço” que ele, em 2013, nos 20 anos do programa, usou como explicação para sua acidez hoje menor. Mas eles têm-se aberto mais a entrevistas ultimamente (tanto que uma das edições que mais repercutiram, mesmo que por ação dos detratores, foi a da conversa com a dona daquela rede de lojas, ano passado), e mantêm a conjugação de alto nível intelectual com informalidade – o programa é “desabotoado”, falava Francis –, além do esmero na seleção de temas. Não são muitos os programas em que se discute “Ulysses”, como discutiram há não muito tempo. Em que se comenta a poesia de Dylan Thomas, como no mesmo programa do dia 28. Em que se fala dos fatos políticos e econômicos com... qual é mesmo aquela palavra? Densidade. Em que se abordam efemérides históricas com... qual é aquela outra? Conhecimento. O “Manhattan” é, há 22 anos, a ilha de sofisticação, humor inteligente e jornalismo culto em meio ao oceano de mediocridade da TV brasileira. Foi um prazer e uma honra ver nele a indicação da nossa coletânea, reconhecimento que se soma aos feitos por Correio do Povo e Continente Multicultural, entre outros. A audiência deste “fanático seguidor” do programa continua garantida.
O programa, de lá para cá, nunca deixou de aparecer nos textos do MM. Citei o Lucas Mendes aqui (2010), contestei os “críticos” do programa aqui (2014), para dar só dois exemplos. Mas não sou o único a tê-lo como referência: outros colunistas e colaboradores do site, igualmente. A esses colaboradores que respondo, quando perguntam sobre quão “acessíveis” são Caio e Lucas, que as trocas de e-mails com eles são sempre muito amigáveis. Ambos já avaliaram bem o MM, e, por isso, incluí seus nomes entre os dos grandes profissionais que nos incentivaram nesses sete anos, em meu texto de Apresentação, no livro.
O “Manhattan” é, ainda, o único programa que paro para assistir na TV (séries e outros conteúdos, geralmente vejo no computador). É verdade que ele, aos poucos, mudou. Lúcia Guimarães, integrante da mesa entre 2002 e 2008, trazia mais matérias sobre jazz e artes visuais; Pedro Andrade, seu sucessor, aborda mais cinema e cultura pop. As pautas sobre política e economia eram menos numerosas, o que permitia a Caio, Ricardo Amorim e Diogo Mainardi se “enfrentarem” mais longamente nos debates. Diogo, afora isso, era mais disposto às suas provocações e ironias; ainda não tinha o “cansaço” que ele, em 2013, nos 20 anos do programa, usou como explicação para sua acidez hoje menor. Mas eles têm-se aberto mais a entrevistas ultimamente (tanto que uma das edições que mais repercutiram, mesmo que por ação dos detratores, foi a da conversa com a dona daquela rede de lojas, ano passado), e mantêm a conjugação de alto nível intelectual com informalidade – o programa é “desabotoado”, falava Francis –, além do esmero na seleção de temas. Não são muitos os programas em que se discute “Ulysses”, como discutiram há não muito tempo. Em que se comenta a poesia de Dylan Thomas, como no mesmo programa do dia 28. Em que se fala dos fatos políticos e econômicos com... qual é mesmo aquela palavra? Densidade. Em que se abordam efemérides históricas com... qual é aquela outra? Conhecimento. O “Manhattan” é, há 22 anos, a ilha de sofisticação, humor inteligente e jornalismo culto em meio ao oceano de mediocridade da TV brasileira. Foi um prazer e uma honra ver nele a indicação da nossa coletânea, reconhecimento que se soma aos feitos por Correio do Povo e Continente Multicultural, entre outros. A audiência deste “fanático seguidor” do programa continua garantida.
(Lucas Colombo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário